
O frágil cessar-fogo entre Irã e Israel entrou no terceiro dia nesta quinta-feira (26), enquanto a comunidade internacional aguarda uma reunião entre Washington e Teerã sobre o programa nuclear da República Islâmica.
As negociações entre os Estados Unidos e o Irã foram interrompidas pela ofensiva israelense iniciada em 13 de junho contra o país islâmico, com a alegação de que pretendia impedir a produção da bomba atômica por parte do regime de Teerã.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, envolveu seu país no conflito com os bombardeios de domingo passado contra três instalações nucleares no Irã que, segundo ele, provocaram um retrocesso de várias "décadas" no programa iraniano.
"Esperamos alcançar um acordo de paz global", afirmou ao canal CNBC o enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff.
"Temos conversas com os iranianos, múltiplos interlocutores nos procuraram e acredito que estão preparados", disse Witkoff, que liderou a delegação americana nas negociações iniciadas em abril com o Irã.
O presidente americano considerou que o cessar-fogo está "funcionando muito bem" e disse que Israel e Irã estão "cansados, exaustos" pelo conflito.
O balanço oficial mais recente do Irã, que considera apenas as vítimas civis, informa que a campanha militar israelense deixou 627 mortos e mais de 4.870 feridos. Os mísseis e drones lançados por Teerã como resposta mataram 28 pessoas em Israel, segundo as autoridades.
"Golpe duro"
O Irã insiste em seu direito de ter um programa nuclear com fins civis, mas está disposto a retomar as negociações com os Estados Unidos para limitar seu desenvolvimento em troca da suspensão das sanções que sufocam sua economia.