Na manhã desta sexta-feira (19), a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE) sediou a posse da nova diretoria do Instituto Egídio Ferreira Lima (IEFL). A cerimônia foi conduzida pelo ex-presidente da instituição, Felipe Bezerra Lima. A presidente e a vice-presidente da OAB-PE, Ingrid Zanella e Schamkypou Bezerra, respectivamente, compuseram o dispositivo de honra. O secretário-geral da OAB-PE, Max Maciel, também prestigiou a solenidade.
Também fizeram parte da mesa, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) ministro Aluysio Correia da Veiga; o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6), desembargador Ruy Salathiel; o presidente do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), conselheiro Valdecir Pascoal; a representante do patrono do IEFL, Luciana Ferreira Lima; o ex-presidente da OAB-PE, Fernando Ribeiro Lins; o procurador-geral do município (representando o prefeito João Campos), Pedro Pontes; a procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho em Pernambuco (MPT-PE), Ana Carolina Vieira.
A nova diretoria do Instituto Egídio Ferreira Lima é formada pela presidente Camila Pugliesi; pelo vice-presidente, Ricardo Varjal; pelos secretário-geral e secretário adjunto, Tomás Alencar e Pedro Wanderley, respectivamente; pela tesoureira, Camila Oliveira; e pela diretora de memória e legado, Luciana Ferreira Lima.
Durante a solenidade, quatro autoridades receberam a maior comenda do Instituto, a medalha Egídio Ferreira Lima. São eles: o presidente do TST, ministro Aluysio Correia da Veiga; a presidente da OAB-PE, Ingrid Zanella; o presidente do TRT6, desembargador Ruy Salathiel; e o presidente do TCE-PE, conselheiro Valdecir Pascoal.
A presidente da OAB-PE, Ingrid Zanella, falou em nome dos homenageados. “É com imensa satisfação e orgulho que recebo esta comenda tão significativa junto de tantos amigos e amigas. Este momento, que poderia parecer apenas um rito de passagem é, na verdade, a reafirmação de um compromisso coletivo com a democracia, com a memória. Compromisso que tem este Instituto com nosso Estado Democrático de Direito”, asseverou.
“A cada nova diretoria que se instala, renova-se também a missão de cultivar a reflexão crítica, de formar novas lideranças e preservar a história de uma das figuras mais marcantes do mundo jurídico e da política pernambucana. Estamos mantendo vivo um legado que desafia o esquecimento e nos convoca, hoje e sempre, todos os dias, à responsabilidade de fazer do Direito, da política e da cidadania instrumentos de esperança e de impacto social verdadeiro”, ressaltou a presidente da OAB-PE, Ingrid Zanella.
Bastante emocionada, a presidente do IEFL, Camila Pugliesi, relembrou a trajetória do seu avô – que dá nome ao Instituto - em prol do Direito e dos direitos humanos. “Hoje é um dia muito especial para mim e toda a minha família. Agradeço a presença de todos, em especial ao ministro Aluysio, que representa exatamente o que Instituto defende, a defesa dos direitos humanos. Meu avô participou da minha infância muito ativamente e me ensinou muito do que eu sei sobre respeito. Que a gente consiga seguir com o legado do nosso patrono, a sua memória, defender os direitos humanos e democráticos. Muito obrigada”, declarou a presidente empossada, Camila Pugliesi, em seu discurso, durante a cerimônia que foi prestigiada por diversas autoridades, por advogados, advogadas, amigos e familiares de Egídio Ferreira Lima.
História - Fundado em 2008, o Instituto Egídio Ferreira Lima é referência como centro de discussão, pesquisa e treinamento nas áreas de Direito, Política e Cidadania. A instituição abriga todo o acervo da memória de Egídio Ferreira Lima e lá também são debatidos todos os temas que envolvam a melhoria da qualidade da prestação do serviço estatal e da própria classe política. Entre os eventos promovidos pela casa constam simpósios, congressos, debates, cursos e apoio a lançamento de livros. O instituto foi criado por um grupo de advogados pernambucanos que resolveram se juntar para fazer um instrumento de cidadania por meio de discussões em defesa da democracia em diversos setores da sociedade, entre eles, a política, a cultura e ciências jurídicas e começou a desenvolver eventos como simpósios e congressos.
O ex-deputado estadual e federal Egídio Ferreira Lima, considerado um dos grandes nomes da redemocratização no país, após o golpe militar de 1964, morreu no Recife, no dia 16 de abril de 2022, aos 92 anos. Juiz de direito do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e professor da Faculdade de Direito do Recife, participou das ações contra o regime militar e se destacou na política nacional. Como advogado, foi titular do conselho secional da OAB-PE, entre 1972 e 1982.